Então é feriado. Para mim, nada demais. Visto que estou perdendo a energia e cada dia está pior, pensei que o feriado poderia ser bom, pois as pessoas estão em casa e posso tentar me interessar por alguma atividade. Mas não.
Me estresso. Estou sinalizando que preciso conversar, que estou ficando ruim, e o que tenho é a ausência. Todos os programas são legais. Há o convite para que eu participe, mas nenhum é do meu estilo. Jogo, corrida. Acho que queria coisa bem simples, acho até que ia ter disposição. Ir caminhar, tomar café em uma cafeteria, fazer compras para um almoço especial, nada muito demorado ou elaborado, mas que pudesse sair um pouco da minha rotina e ver se consigo me reanimar.
Então o que basta para quem já não quer sair da cama é continuar na cama. Não tenho vontade nem de ver TV, ouvir música. Se eu ficar só deitada, dormindo ou não, está bom.
Acho que preciso de companhia. Só para um chimarrão, um seriado na TV.
É triste sentir que a depressão está se aproximando, eu já tive, sei o quanto é horrível. Eu não vou aguentar e as pessoas ao meu redor não são obrigadas a suportar. É difícil para quem está com a depressão e para as pessoas que convivem. Sei que fico chata, mau humorada, isolada; mas sei também que o que mais preciso é companhia e compreensão. Mas não posso pedir. Nem eu entendo, como os outros vão entender? É tudo muito abstrato.
Ao mesmo tempo que estou sem forças, estou estourando. Grande merda de feriado e final de semana. Queria minha vida de volta. Só isso. Queria voltar alguns anos no tempo.
Blog desenvolvido com a intenção de troca de informações sobre o Transtorno Bipolar
quinta-feira, 26 de maio de 2016
quarta-feira, 25 de maio de 2016
Perdendo a energia
Estou quase parando. Há alguns dias, aproximadamente uns quinze, sinto minha energia baixando gradualmente. Começou dormindo um pouco mais, agora durmo bem mais, deito mais cedo e de tarde tenho que fazer um esforço para não dormir. Fico na sala, tento ler e escrever, olhar TV, mas é um cansaço muito grande, com dor no corpo e uma sensação de vazio.
Sensação de que não vale a pena levantar desse jeito, parece que tenho que dormir o quanto tenho vontade para ver se me recupero.
Me sinto doente porque não consigo fazer as coisas como antes, com a mesma energia, agilidade e presteza. Faço por obrigação e me arrastando.
Não sei qual o motivo que me deixou assim e pelo qual estou me afundando, mas sei o quanto é difícil sair desse poço.
Sensação de que não vale a pena levantar desse jeito, parece que tenho que dormir o quanto tenho vontade para ver se me recupero.
Me sinto doente porque não consigo fazer as coisas como antes, com a mesma energia, agilidade e presteza. Faço por obrigação e me arrastando.
Não sei qual o motivo que me deixou assim e pelo qual estou me afundando, mas sei o quanto é difícil sair desse poço.
quarta-feira, 18 de maio de 2016
"Viver" em sociedade
Viver em sociedade. Necessário e vital. Inevitável. Temos que seguir padrões e nos comportar conforme o lugar que estamos. Desgastante. Mas desde pequenos temos que aprender a nos comportar, são impostos limites e acho extremamente necessário. Quem aguenta criança birrenta e fazendo fiasco em mercados, restaurantes, shoppings? Não é "falta de laço", é falta de limites e os responsáveis são os pais ou cuidadores.
E a sociedade nos cobra atitudes, ás vezes de forma sutil e silenciosa, mas ela está ali, esperando um resultado.
Há aproximadamente oito meses estou em licença saude. Durante esse tempo, várias vezes pensei sobre o que quero realmente seguir na minha vida profissional. Ainda não sei. Mas tenho uma certeza, que já descarta muitas opções. Não quero mais trabalhar na área da educação. Pronto. Foi difícil definir isso, estudei bastante, dediquei tempo e dinheiro, abri mão de várias coisas, mas durante o tempo que exerci minha profissão, fiz com amor e dedicação. Não imaginei que iria exercer outro ofício, sair da sala de aula; mas muitas coisas mudaram, eu não sabia que teria tantas coisas para me adaptar.
Então, isso já é difícil de ser elaborado comigo mesma, com todos meus medos e dúvidas. Medo de retornar e ter uma recaída, não saber lidar com as questões do dia a dia e dúvidas sobre o que fazer, no que trabalhar.
Aí vem a tormenta da sociedade, para acrescentar mais estresse.
Hoje uma amiga me chamou para conversar, foi casual, falamos sobre filhos e logo veio o questionamento: "quando vai ter alta da tua psiquiatra?". Nossa, eu queria tanto saber responder essa pergunta. Acho que não é uma coisa determinada. Daqui 50 dias você vai ter alta. é algo que tem que ser trabalhado e conversado, temos que entrar em um acordo. Minha psiquiatra e quem vai conduzir essa decisão. O que está em jogo agora é minha recuperação, porque colocaria tudo a perder? Porque tenho que voltar a trabalhar??? Sou obrigada? "Ah, mas você não pode parar por aí, é muito nova, estudou bastante, e tal". A intenção pode ter sido boa, porém ela verbalizou o que eu sei que todos perguntam. Quando vai voltar a trabalhar?
Vontade de deixar fluir minha irritabilidade e dizer a verdade. Que nao tem prazo estipulado, que vou voltar quando me sentir preparada para isso, e quando essa decisao for benéfica para minha recuperação. E se algum dia eu tiver que te pedir dinheiro emprestado você me faz essa pergunta de novo. Bem assim. Porque não consigo ser direta ? Fiquei falando que ia ver uma readaptação, mas não sabia onde, talvez daqui dois meses. Mas porque isso? É inconcebível uma mulher de 40 anos, com ensino superior, ser bela , recatada e do lar? Bando de feministas.
Quero voltar, não quero voltar, quero me arrumar e sair de casa, não quero me arrumar, quero ver pessoas, não quero ver. Quero mudar de profissão. Sem prazo definido. Quero ser feliz. Hoje.
E a sociedade nos cobra atitudes, ás vezes de forma sutil e silenciosa, mas ela está ali, esperando um resultado.
Há aproximadamente oito meses estou em licença saude. Durante esse tempo, várias vezes pensei sobre o que quero realmente seguir na minha vida profissional. Ainda não sei. Mas tenho uma certeza, que já descarta muitas opções. Não quero mais trabalhar na área da educação. Pronto. Foi difícil definir isso, estudei bastante, dediquei tempo e dinheiro, abri mão de várias coisas, mas durante o tempo que exerci minha profissão, fiz com amor e dedicação. Não imaginei que iria exercer outro ofício, sair da sala de aula; mas muitas coisas mudaram, eu não sabia que teria tantas coisas para me adaptar.
Então, isso já é difícil de ser elaborado comigo mesma, com todos meus medos e dúvidas. Medo de retornar e ter uma recaída, não saber lidar com as questões do dia a dia e dúvidas sobre o que fazer, no que trabalhar.
Aí vem a tormenta da sociedade, para acrescentar mais estresse.
Hoje uma amiga me chamou para conversar, foi casual, falamos sobre filhos e logo veio o questionamento: "quando vai ter alta da tua psiquiatra?". Nossa, eu queria tanto saber responder essa pergunta. Acho que não é uma coisa determinada. Daqui 50 dias você vai ter alta. é algo que tem que ser trabalhado e conversado, temos que entrar em um acordo. Minha psiquiatra e quem vai conduzir essa decisão. O que está em jogo agora é minha recuperação, porque colocaria tudo a perder? Porque tenho que voltar a trabalhar??? Sou obrigada? "Ah, mas você não pode parar por aí, é muito nova, estudou bastante, e tal". A intenção pode ter sido boa, porém ela verbalizou o que eu sei que todos perguntam. Quando vai voltar a trabalhar?
Vontade de deixar fluir minha irritabilidade e dizer a verdade. Que nao tem prazo estipulado, que vou voltar quando me sentir preparada para isso, e quando essa decisao for benéfica para minha recuperação. E se algum dia eu tiver que te pedir dinheiro emprestado você me faz essa pergunta de novo. Bem assim. Porque não consigo ser direta ? Fiquei falando que ia ver uma readaptação, mas não sabia onde, talvez daqui dois meses. Mas porque isso? É inconcebível uma mulher de 40 anos, com ensino superior, ser bela , recatada e do lar? Bando de feministas.
Quero voltar, não quero voltar, quero me arrumar e sair de casa, não quero me arrumar, quero ver pessoas, não quero ver. Quero mudar de profissão. Sem prazo definido. Quero ser feliz. Hoje.
sexta-feira, 13 de maio de 2016
Medicação
Durante um mês fiquei envolvida com o tratamento do meu pai, ainda temos a fase da recuperação, mas acredito que não será tão tensa quanto os exames e a cirurgia.
O fato é que ninguém está preparado para ver um familiar passando por exames e procedimentos invasivos. Dá medo, insegurança, o pessimismo tomou conta de mim, não consigo mais acreditar que tudo vai dar certo e que há cura para doenças graves. Também não consigo conceber que tudo está nas mãos de Deus. Seria mais fácil, mas não consigo.
Diante desse quadro turbulento, teve dias que esqueci de tomar a medicação, teve dias que não quis tomar a medicação e teve dias que tive receio de tomar a medicação e dormir a noite toda e não despertar para um possível telefonema do hospital.
E a conclusão foi triste. Não posso ficar sem a medicação. Tenho que tomar regularmente, no mesmo horário, prezar uma noite de sono tranquila, me alimentar nas horas certas, enfim; tudo o que já foi dito e feito por um tempo.
Mas esse quadro também foi oportuno para mim. Tenho curiosidade, acho que como todos bipolares, de experimentar ficar um tempo sem medicação e ver quem eu sou, quem eu era antes disso tudo. Tenho comportamentos e atitudes que nao sei se são meus ou são efeitos da medicação. O que é determinado pela doença? O que é minha personalidade? Será mesmo que preciso me dopar de remédios psiquiátricos para poder viver conforme as regras da sociedade? Essa dúvida está me acompanhando há alguns dias.
Fiz a comparação. Quando estava com o tratamento correto, meu sono foi melhor, meus dias mais tranquilos; mas fico mais lerda, parece que tenho um distanciamento dos sentimentos, não sinto emoção e não tenho vontade de conviver com as pessoas.
Sem o tratamento, fico mais agitada, com mais energia, os pensamentos fluem, tenho mais ideias; mas fico muito irritada com tudo. Uma irritação que dá palpitação e que tenho que respirar fundo para controlar.
Tudo tem o lado bom e o ruim. No geral, seguindo tudo corretamente, passo os dias alternando o meu comportamento. Acordo bem ou não, depois posso piorar, posso fazer muitas coisas ou fazer nada, tenho vontade de sair, comprar, ou não quero ver as pessoas. Essa oscilação leva ao desgaste.
A conclusão é que acho que nunca estive estabilizada. Tive momentos menos intensos, com mais tranquilidade.
Todos tem dias bons, dias ruins, de tarde está bem, de manhã está de mau humor. Mas na pessoa bipolar isso é muito intenso, é desgastante, cansa, as coisas são muito positivas ou muito negativas.
Tenho muita coisa para passar ainda, leio muito sobre o assunto, mas infelizmente aprendo mais com a prática, com meu dia a dia.
Queria entender se os problemas emocionais desencadearam o transtorno bipolar ou o transtorno bipolar provocou problemas emocionais?
Quando começou isso tudo?
O fato é que ninguém está preparado para ver um familiar passando por exames e procedimentos invasivos. Dá medo, insegurança, o pessimismo tomou conta de mim, não consigo mais acreditar que tudo vai dar certo e que há cura para doenças graves. Também não consigo conceber que tudo está nas mãos de Deus. Seria mais fácil, mas não consigo.
Diante desse quadro turbulento, teve dias que esqueci de tomar a medicação, teve dias que não quis tomar a medicação e teve dias que tive receio de tomar a medicação e dormir a noite toda e não despertar para um possível telefonema do hospital.
E a conclusão foi triste. Não posso ficar sem a medicação. Tenho que tomar regularmente, no mesmo horário, prezar uma noite de sono tranquila, me alimentar nas horas certas, enfim; tudo o que já foi dito e feito por um tempo.
Mas esse quadro também foi oportuno para mim. Tenho curiosidade, acho que como todos bipolares, de experimentar ficar um tempo sem medicação e ver quem eu sou, quem eu era antes disso tudo. Tenho comportamentos e atitudes que nao sei se são meus ou são efeitos da medicação. O que é determinado pela doença? O que é minha personalidade? Será mesmo que preciso me dopar de remédios psiquiátricos para poder viver conforme as regras da sociedade? Essa dúvida está me acompanhando há alguns dias.
Fiz a comparação. Quando estava com o tratamento correto, meu sono foi melhor, meus dias mais tranquilos; mas fico mais lerda, parece que tenho um distanciamento dos sentimentos, não sinto emoção e não tenho vontade de conviver com as pessoas.
Sem o tratamento, fico mais agitada, com mais energia, os pensamentos fluem, tenho mais ideias; mas fico muito irritada com tudo. Uma irritação que dá palpitação e que tenho que respirar fundo para controlar.
Tudo tem o lado bom e o ruim. No geral, seguindo tudo corretamente, passo os dias alternando o meu comportamento. Acordo bem ou não, depois posso piorar, posso fazer muitas coisas ou fazer nada, tenho vontade de sair, comprar, ou não quero ver as pessoas. Essa oscilação leva ao desgaste.
A conclusão é que acho que nunca estive estabilizada. Tive momentos menos intensos, com mais tranquilidade.
Todos tem dias bons, dias ruins, de tarde está bem, de manhã está de mau humor. Mas na pessoa bipolar isso é muito intenso, é desgastante, cansa, as coisas são muito positivas ou muito negativas.
Tenho muita coisa para passar ainda, leio muito sobre o assunto, mas infelizmente aprendo mais com a prática, com meu dia a dia.
Queria entender se os problemas emocionais desencadearam o transtorno bipolar ou o transtorno bipolar provocou problemas emocionais?
Quando começou isso tudo?
terça-feira, 3 de maio de 2016
Meu pai
Não consegui mais escrever. Meu pai estava doente.
Passei dias tumultuados, de grande ansiedade e sem esperança em relação ao quadro.
O nome é grande: lesão severa no tronco da coronária esquerda. Não entendi muito bem a explicação do médico sobre as artérias, as placas de gordura, mas entendi muito bem que o caso é gravíssimo, foi assim que ele falou. Ficamos impactados. Meu pai é um homem muito ativo, tem uma alimentação equilibrada, não bebe, não fuma; é inaceitável.
Diante disso, o médico nos deu duas alternativas: poderia ser feito um procedimento mais rápido, mas que teria uma sobrevida pequena (colocação de stent) ou passaria por uma cirurgia invasiva, sendo colocada ponte de safena. Pensei que poderíamos discutir sobre isso e falar na próxima consulta, mas a internação foi imediata e a decisão do meu pai também: "eu quero fazer a cirurgia porque quero viver muito". Foi um dos momentos mais marcantes da minha vida. Eu acho que não faria nem uma coisa nem outra.
Ele ficou na emergência três dias antes de ser operado, não foi prescrito sedativo ou ansiolítico, e quando questionei o médico, ele me respondeu: "teu pai dorme a noite toda e está confiante na cirurgia."
Quantas lições eu tive nesses dias, quantas reflexões. E vi que o meu amor por ele é maior do que eu imaginava, que dependo dele e que ele depende de mim, que somos amigos, parceiros e cúmplices, na alegria e na tristeza.
Passamos momentos horríveis durante a doença da minha mãe, que veio a falecer. E esses momentos fortaleceram nossa relação. Meu pai foi meu porto seguro, sem ele eu não teria suportado a dificuldade que enfrentamos durante o tratamento da minha mãe.
Hoje é ele quem necessita de cuidados especiais, a recuperação vai ser lenta e eu sei que o melhor que posso oferecer para ele é o meu amor e a minha disponibilidade. Sim, eu vou fazer o que for possível para ele melhorar e voltar a tocar a campainha aqui de casa com uma sacola cheia de doces, repleto de histórias para contar e com uma disposição invejável.
Algumas pessoas se referem ao pai como exemplo de força, coragem e fé. Eu posso afirmar que meu pai me deu o maior exemplo de coragem, força e fé. Percebi nos olhos dele, no jeito firme de tomar uma decisão tão difícil e no aperto de mão que ele deu ao médico e aos enfermeiros quando entrou no bloco cirúrgico. Eu tive vontade de chorar e ele entrou sorrindo.
Escrevi no início"meu pai estava doente."Acho que não estava. Ele está cheio de vida. Forte e firme. Fortalecido na fé. E pronto para muitos anos de vida. E eu, muito feliz. Há tempos não sentia tanta felicidade.
Passei dias tumultuados, de grande ansiedade e sem esperança em relação ao quadro.
O nome é grande: lesão severa no tronco da coronária esquerda. Não entendi muito bem a explicação do médico sobre as artérias, as placas de gordura, mas entendi muito bem que o caso é gravíssimo, foi assim que ele falou. Ficamos impactados. Meu pai é um homem muito ativo, tem uma alimentação equilibrada, não bebe, não fuma; é inaceitável.
Diante disso, o médico nos deu duas alternativas: poderia ser feito um procedimento mais rápido, mas que teria uma sobrevida pequena (colocação de stent) ou passaria por uma cirurgia invasiva, sendo colocada ponte de safena. Pensei que poderíamos discutir sobre isso e falar na próxima consulta, mas a internação foi imediata e a decisão do meu pai também: "eu quero fazer a cirurgia porque quero viver muito". Foi um dos momentos mais marcantes da minha vida. Eu acho que não faria nem uma coisa nem outra.
Ele ficou na emergência três dias antes de ser operado, não foi prescrito sedativo ou ansiolítico, e quando questionei o médico, ele me respondeu: "teu pai dorme a noite toda e está confiante na cirurgia."
Quantas lições eu tive nesses dias, quantas reflexões. E vi que o meu amor por ele é maior do que eu imaginava, que dependo dele e que ele depende de mim, que somos amigos, parceiros e cúmplices, na alegria e na tristeza.
Passamos momentos horríveis durante a doença da minha mãe, que veio a falecer. E esses momentos fortaleceram nossa relação. Meu pai foi meu porto seguro, sem ele eu não teria suportado a dificuldade que enfrentamos durante o tratamento da minha mãe.
Hoje é ele quem necessita de cuidados especiais, a recuperação vai ser lenta e eu sei que o melhor que posso oferecer para ele é o meu amor e a minha disponibilidade. Sim, eu vou fazer o que for possível para ele melhorar e voltar a tocar a campainha aqui de casa com uma sacola cheia de doces, repleto de histórias para contar e com uma disposição invejável.
Algumas pessoas se referem ao pai como exemplo de força, coragem e fé. Eu posso afirmar que meu pai me deu o maior exemplo de coragem, força e fé. Percebi nos olhos dele, no jeito firme de tomar uma decisão tão difícil e no aperto de mão que ele deu ao médico e aos enfermeiros quando entrou no bloco cirúrgico. Eu tive vontade de chorar e ele entrou sorrindo.
Escrevi no início"meu pai estava doente."Acho que não estava. Ele está cheio de vida. Forte e firme. Fortalecido na fé. E pronto para muitos anos de vida. E eu, muito feliz. Há tempos não sentia tanta felicidade.
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