tag:blogger.com,1999:blog-57255141487043615322024-03-12T21:39:46.913-07:00Humor na Montanha RussaBlog desenvolvido com a intenção de troca de informações sobre o Transtorno BipolarHumor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.comBlogger47125tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-41477442842357917322018-04-09T16:11:00.002-07:002018-04-09T16:11:32.309-07:00O último corte - um contoAinda era cedo, o sol estava se pondo, mas Verônika sentia formigamento nas mãos e uma leve falta de ar acompanhada de uma taquicardia que aumentava conforme os minutos passavam. O convite da festa da sua melhor amiga a deixou perturbada desde o dia do seu recebimento. Compromissos sempre a deixavam desconcertada e esse ela não poderia faltar. Apesar de não gostar de estar com pessoas, de conversas aleatórias, de gente diferente, Verônika nutria sentimentos por algumas em especial. Então, essa noite ela precisava estar arrumada e disposta. Deixou cômodas abertas, som em alto volume, roupas jogadas. Não conseguia escolher nada. Ligou o chuveiro, o vapor subindo, os vidros embaçando e quando não conseguia mais ver e nem pensar em nada, abriu a gaveta e acreditou conseguir o alívio pegando a tesoura.<br />
Uma sensação de ter tomado a decisão certa foi interrompida com o susto que levou ao ouvir a campainha tocar. Verônika sentiu vontade de não atender, mas a curiosidade impediu, pois visitas eram escassas. Respirou fundo, ajeitou rapidamente a bagunça e seguiu calmamente até a porta, quando olhou através do "olho mágico" e foi surpreendida pela chegada dele.<br />
Abriu a porta, cumprimentou o senhor e convidou para entrar. Ele então se sentou e Verônika ofereceu um café, torcendo para que aceitasse, pois teria tempo de pensar em como agir diante daquela conflitante situação. Ao chegar à sala, o homem estava em pé olhando alguns quadros na parede. Com a voz embargada e assustada, Verônika insistiu para que o homem sentasse. Ao se aproximar, enquanto ele colocava açúcar e mexia o café, Verônika relembrou o cheiro, o hálito, sentiu suas mãos grandes devolvendo a colher e as lembranças vieram em forma de um filme, um filme que ela pensava ter esquecido. Ainda que os anos tenham passado, tudo estava nítido na sua mente.<br />
Correu para o banheiro, não conseguia enxergar, o chuveiro ainda estava ligado, tateou no armário e conseguiu pegar a tesoura, no mesmo momento em que seu pai a tocou no ombro perguntando se estava tudo bem. Verônika segurou firmemente a tesoura e acertou a jugular. Ainda trêmula e nervosa tomou duas decisões importantes: esse seria seu último corte e não faltaria mais a festas com amigos.<br />
Sempre foi assim. Verônika conseguia lidar com a dor física, mas não suportava o desespero emocional.Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-44974127371101286402017-12-09T15:29:00.003-08:002017-12-09T15:29:53.651-08:00Para...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-3E1lzJCS1n0/Wixu7SsndBI/AAAAAAAAIxk/NemPIaXi428VDSBAdgEcnNULFHvzSTPnQCKgBGAs/s1600/FB_IMG_1512472721414.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="722" data-original-width="480" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-3E1lzJCS1n0/Wixu7SsndBI/AAAAAAAAIxk/NemPIaXi428VDSBAdgEcnNULFHvzSTPnQCKgBGAs/s320/FB_IMG_1512472721414.jpg" width="212" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
QUE BELA NOITE DE SÁBADO PARA...</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-UGNq6B1-mIw/WixxzMrf8fI/AAAAAAAAIxw/fQbDVmLc9f8mpY8y9d5mWkhP7JsLtVQFwCKgBGAs/s1600/IMG_20170728_144552086.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="900" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-UGNq6B1-mIw/WixxzMrf8fI/AAAAAAAAIxw/fQbDVmLc9f8mpY8y9d5mWkhP7JsLtVQFwCKgBGAs/s320/IMG_20170728_144552086.jpg" width="180" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-7sj0ez0huKY/WixxzDahXCI/AAAAAAAAIxw/bxDH8xIJTbE95WWQlEPbb70rkMAWxNcNQCKgBGAs/s1600/FB_IMG_1501256571347.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="540" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-7sj0ez0huKY/WixxzDahXCI/AAAAAAAAIxw/bxDH8xIJTbE95WWQlEPbb70rkMAWxNcNQCKgBGAs/s320/FB_IMG_1501256571347.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-12282531796000841522017-12-08T14:10:00.002-08:002017-12-08T14:10:18.506-08:00EU SOU BIPOLAR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-6hqQ6AieVKQ/WisLlnWMSzI/AAAAAAAAIxU/ajw5FbLzzl4qQJ9Y5Hbc11J6OvI0wYw7ACKgBGAs/s1600/FB_IMG_1511964949984.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="299" data-original-width="400" height="239" src="https://2.bp.blogspot.com/-6hqQ6AieVKQ/WisLlnWMSzI/AAAAAAAAIxU/ajw5FbLzzl4qQJ9Y5Hbc11J6OvI0wYw7ACKgBGAs/s320/FB_IMG_1511964949984.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<span style="color: #0b5394;">Esse foi um ano de conhecimento do Transtorno Bipolar, hoje consigo identificar os sintomas de cada fase, entendo que cada uma exige um comportamento adequado que leva a superar os sintomas ou pelo menos, amenizar.</span><br />
<span style="color: #0b5394;"><br /></span>
<span style="color: #0b5394;">Aceito minha realidade como portadora do Transtorno Bipolar e procuro viver um dia de cada vez, compreendendo que a negação me faz retroceder.</span><br />
<span style="color: #0b5394;"><br /></span>
<span style="color: #0b5394;">Ainda tenho muitas dúvidas, mas hoje não tenho mais vergonha de questionar e expor meus sintomas. </span><br />
<span style="color: #0b5394;"><br /></span>
<span style="color: #0b5394;">A aposentadoria foi extremamente benéfica e me fez perceber que devemos nos cuidar de forma integral, e que há outras maneiras de viver, minha profissão não define minha vida.</span><br />
<span style="color: #0b5394;"><br /></span>
<span style="color: #0b5394;">Conclui meu pós graduação. realizei muitas leituras e estou iniciando a escrita do meu relato pessoal, que pretensiosamente poderá originar um livro. </span>Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-51220986904523628142017-07-13T18:13:00.001-07:002017-07-13T18:13:13.136-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-_WlYilJ3-po/WWgXi5LSCRI/AAAAAAAAFYE/Zekq8ZegsbY3y33XCM746rs210WnenqBgCKgBGAs/s1600/IMG_20170711_193322252.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="180" src="https://1.bp.blogspot.com/-_WlYilJ3-po/WWgXi5LSCRI/AAAAAAAAFYE/Zekq8ZegsbY3y33XCM746rs210WnenqBgCKgBGAs/s320/IMG_20170711_193322252.jpg" width="320" /></a></div>
<br /><br />
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Ponto e vírgula.</span><br />
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Decidi continuar o texto.</span><br />
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span><br />
<span style="color: red; font-family: Verdana, sans-serif;">Pelo menos por enquanto.</span><br />
<span style="color: red; font-family: Verdana;"><br /></span><br />
<span style="color: black; font-family: Verdana;">O Project Semicolon (Ponto e Vírgula), nasceu em 2013 nas redes sociais. O Movimento Americano quer trazer amor e esperança para quem tem tendências suicidas, depressivas ou a automutilação.</span><br />
<span style="color: black; font-family: Verdana;">Mas por que um ponto e vírgula?</span><br />
<span style="color: black; font-family: Verdana;">O ponto e vírgula é usado quando um autor poderia ter escolhido terminar uma frase, mas optou por não fazer, ele continua. O autor é você, e a sentença é a sua vida, diz Amy Bleuel, criadora do projeto.</span><br />
<span style="color: #674ea7;"></span><br />Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-23032355962859365752017-07-10T10:56:00.002-07:002017-07-10T10:56:30.821-07:00PSICÓTICA<div style="text-align: justify;">
Tudo desorganizado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tumulto emocional.</div>
<div style="text-align: justify;">
Tudo é demais e parece de menos, porque ainda dá para fazer mais e mais. E sempre mais, falta tempo, Sobram ideias e disposição.</div>
<div style="text-align: justify;">
As coisas parecem tão fáceis. Nada me abala. Posso fazer o que eu quiser, tenho ânimo, tenho planos, tenho talento. Sou capaz de receber amigos, frequentar festas, arrumar tudo, escrever sobre várias coisas, ler livros. Até terminei meu TCC, que estava empacado.</div>
<div style="text-align: justify;">
Mas porque tudo isso tem um preço tão alto?</div>
<div style="text-align: justify;">
As noites estavam agitadas, dormia pouco. De repente, acordei vendo teias e aranhas se aproximando, ficando cada vez maiores, não adianta fechar os olhos. E os dias foram passando e elas foram crescendo, com olhos enormes, os objetos do quarto também criaram outras formas, algumas coisas ficaram desfiguradas. Outras coisas se mexiam e estavam embaralhadas. Elas foram aumentando, o conteúdo ficou aterrorizante, cabelos vinham em minha direção, seguido dos olhos, e depois tudo fragmentado, pedaços de corpo, mas desordenados. Flashes de luz, pontos pretos, minha visão periférica ficou cheia de vultos. Tive muita ansiedade, talvez até crise de ansiedade. Ficava nervosa só de pensar. Pensar também está difícil, não consigo concluir uma ideia, formar um pensamento. E quando eles se confundem? Será que estou pensando ou estou ouvindo? Não estou convencida de que estou ouvindo, acho que os pensamentos se perdem, podem se juntar com nossa voz interior e pode até ser perigoso.</div>
<div style="text-align: justify;">
Isso tudo iniciou há três semanas, está passando aos poucos. A medicação está agindo, já estou mais calma e as alucinações estão passando. Muito ruim saber que está alucinando. Quando falei para médica, esperava que fosse agitação, perturbação, o que não deixa de ser. </div>
<div style="text-align: justify;">
Tenho medo de perder o controle da situação. Quem vai me tirar do meu mundo? Quem vai saber onde estou?</div>
<div style="text-align: justify;">
E já sei. A tendência agora é deprimir. Tira remédio, coloca remédio. Não sei até quando vou suportar. Aquela tendência suicida sempre volta quando caio na real.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-sNNhQ8cYfUM/WWO_dc4GOKI/AAAAAAAAFWI/dR1sdhkXlVMqSEocMBYAlMjmnNmMjIRzACKgBGAs/s1600/FB_IMG_1495911440251.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="960" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-sNNhQ8cYfUM/WWO_dc4GOKI/AAAAAAAAFWI/dR1sdhkXlVMqSEocMBYAlMjmnNmMjIRzACKgBGAs/s400/FB_IMG_1495911440251.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-24826841956634778792017-07-10T10:33:00.000-07:002017-07-10T10:33:00.954-07:00imagina...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-nmLDWliYzUY/WWO5B-JAtdI/AAAAAAAAFWA/TxJBpHbt70QSKprlLiHAB-5gorp0hdmSACKgBGAs/s1600/FB_IMG_1498188492806.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="540" src="https://4.bp.blogspot.com/-nmLDWliYzUY/WWO5B-JAtdI/AAAAAAAAFWA/TxJBpHbt70QSKprlLiHAB-5gorp0hdmSACKgBGAs/s1600/FB_IMG_1498188492806.jpg" /></a></div>
<br />Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-9137722311282517222017-06-09T16:03:00.002-07:002017-06-09T16:03:38.586-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-vE-J8LfuKH8/WTsnNkMJmwI/AAAAAAAAFKk/p4LDwel--xcprnrTXgNDXAFMIqph_cLzACKgB/s1600/IMG-20170517-WA0006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="579" data-original-width="800" height="231" src="https://4.bp.blogspot.com/-vE-J8LfuKH8/WTsnNkMJmwI/AAAAAAAAFKk/p4LDwel--xcprnrTXgNDXAFMIqph_cLzACKgB/s320/IMG-20170517-WA0006.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>APOSENTADA!</b></div>
<b><br /></b>
<div style="text-align: justify;">
Não aceitei e depois aceitei.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Talvez agora eu consiga voar, visualizar coisas novas, me desprender . Estava sempre pensando que poderia voltar e não me dava a liberdade de pensar no que realmente quero.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse é o reflexo de uma grande mudança em todas as áreas da minha vida, que vieram a partir de uma depressão severa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Daqui algum tempo vou saber se foi bom. O que sei hoje é que no momento, essa foi a melhor decisão.</div>
Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-69317109810495475102017-04-16T12:07:00.002-07:002017-04-16T12:15:42.023-07:00Porque acordei hoje???<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-OY9McKYVnkY/WPPCvoFUn7I/AAAAAAAAEAY/mIhVKtPMNhAtXXc3niBDPmI37a2cpUkQwCKgB/s1600/FB_IMG_1489759971265.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-OY9McKYVnkY/WPPCvoFUn7I/AAAAAAAAEAY/mIhVKtPMNhAtXXc3niBDPmI37a2cpUkQwCKgB/s320/FB_IMG_1489759971265.jpg" width="317" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-80223048396747420622017-04-16T12:06:00.000-07:002017-04-16T12:06:36.302-07:00Luciana<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-CLlLp16drCs/WLzE2_5LEBI/AAAAAAAADvE/ZgzVjxxtOrIMtJxpGjrZIVEC64wyim_RgCKgB/s1600/IMG_20170223_154516825.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://2.bp.blogspot.com/-CLlLp16drCs/WLzE2_5LEBI/AAAAAAAADvE/ZgzVjxxtOrIMtJxpGjrZIVEC64wyim_RgCKgB/s640/IMG_20170223_154516825.jpg" width="360" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="color: #38761d; font-size: large;">Ano passado ganhei uma gata, já tinha dois cachorros. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="color: #38761d; font-size: large;">Na minha infância tive gatos e agora, depois de tantos anos, estou relembrando a relação honesta que os felinos tem com os humanos. Eles são extremamente sinceros, demonstram o sentimento real, não fazem nada contra a vontade, se te procuram é porque estão a fim. Não são sociáveis e se identificam com uma pessoa, aquela que demonstram maior afinidade. São místicos, misteriosos, alongam todos os dias seus corpos, tem ótimos hábitos de higiene, dormem bem e se alimentam bem. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="color: #38761d; font-size: large;">Minha gata não é carinhosa e não gosta de colo, mas me transmite uma forma diferente de amar. </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="color: #38761d; font-size: large;">Enfim, os animais são melhores que muitos humanos. São puros, desinteressados, sinceros. Adoro a Luciana Gisele. Com exceção de dormir bem, me alimentar bem e alongar diariamente, acho que sou uma felina.</span></div>
<br />Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-38121986388873562742017-04-15T14:15:00.000-07:002017-04-15T14:15:46.970-07:00<strong>Encontros e Despedidas ( Maria Rita )</strong><br />
<br /><br />
Mande notícias do mundo de lá<br />
Diz quem fica<br />
Me dê um abraço, venha me apertar<br />
Tô chegando<br />
Coisa que gosto é poder partir<br />
Sem ter planos<br />
Melhor ainda é poder voltar<br />
Quando quero<br />
<br /><br />
Todos os dias é um vai e vem<br />
A vida se repete na estação<br />
Tem gente que chega pra ficar<br />
Tem gente que vai pra nunca ais<br />
Tem gente que vem e quer voltar<br />
Tem gente que vai e quer ficar<br />
Tem gente que veio só olhar<br />
Tem gente a sorrir e a chorar<br />
<br /><br />
E assim chegar e partir<br />
São só dois lados<br />
Da mesma viagem<br />
O trem que chega<br />
É o mesmo trem de partida<br />
A hora do encontro <br />
É também despedida<br />
A plataforma dessa estação<br />
É a vida desse meu lugar<br />
É a vida desse meu lugar<br />
É a vida...<br />
<br /><br />
É a vida desse meu lugar<br />
É a vida...<br />
<br /><br />
<br /><br />
<br /><br />
<br />Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-50045977493550860172017-03-05T16:47:00.001-08:002017-03-05T18:08:47.231-08:00CUTTING<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-6KegKk7bwIk/WLyrO3wlw_I/AAAAAAAADu0/sTfjmL5oq9Ie2aDT8TLhjFu1513p951GgCKgB/s1600/FB_IMG_1466356033354.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-6KegKk7bwIk/WLyrO3wlw_I/AAAAAAAADu0/sTfjmL5oq9Ie2aDT8TLhjFu1513p951GgCKgB/s320/FB_IMG_1466356033354.jpg" width="264" /></a><br />
<br />
<br />
<br /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="justify">
<span style="background-color: #f9cb9c; color: #f4cccc; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: small;"><span style="background-color: white; color: #cc0000;">Minhas crises tem sido mais espaçadas, porém mais intensas. Ainda não entendo muito bem o que acontece, e fico pensando na dificuldade das pessoas que convivem comigo tem para compreender.</span></span></div>
<div align="justify">
<span style="background-color: #e69138; font-family: "arial"; font-size: small;"><br /><span style="color: #fce5cd;"></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="background-color: #e69138; color: #f6b26b; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: small;"><span style="background-color: white;"><span style="color: #e06666;"><span style="color: #cc0000;"><span style="color: #cc0000;">E</span>stas últimas semanas, o que predominou foi intolerância, seguida de muita raiva. Sim, raiva. Não das outras pessoas, mas de mim me</span><span style="color: #cc0000;">sma, por não saber lidar com essa explosão de sentimentos, com a imprevisibilidade, com a angústia, com a ansiedade. Já estava irritada há dias e depois de uma discussão, estourei. Precisei ficar trancada sozinha, não queria ver e nem ouvir ninguém. Precisava de t</span></span><span style="color: #cc0000;">empo. queria acabar com tudo. A dor é muito forte. A dor emocional é muito maior que a física, e eu já tive dois partos. Queima por dentro, vem os pensamentos impulsivos, negativos, a dúvida, os questionamentos, a cabeça não para, tudo se mistura e você fica sem respostas. Então bate o desespero, a desesperança e a vontade de sumir do nada.</span></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="background-color: #e69138; font-family: "arial"; font-size: small;"><br /><span style="color: #f6b26b;"></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="background-color: white; color: #cc0000; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: small;">Diante disso, ouvi coisas que nunca esperava, mas me colocando no lugar , acho também que seria muito difícil se tivesse que entender algo tão subjetivo.</span></div>
<div align="justify">
<span style="background-color: #e69138; font-family: "arial"; font-size: small;"><br /><span style="color: #f6b26b;"></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="background-color: white; color: #cc0000; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: small;">Penso que o paciente deve perseverar na terapia, mas os familiares também deveriam fazer, eles precisam entender melhor o que se passa para nos ajudar, assim como também devem ter muitas coisas para tratar, como todo ser humano.</span></div>
<div align="justify">
<span style="background-color: #e69138; font-family: "arial"; font-size: small;"><br /><span style="color: #f6b26b;"></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="background-color: white; color: #cc0000; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: small;">Ainda fico pensando o que pode desencadear as crises, dessa vez sei que foi a diminuição do lítio, feito por conta própria, seguida de assunto tratado na terapia, muito difícil para mim.</span></div>
<div align="justify">
<span style="background-color: #e69138; font-family: "arial"; font-size: small;"><br /><span style="background-color: white; color: #cc0000;"></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="background-color: white; color: #cc0000; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: small;">Precisei recorrer a minha psiquiatra, pois entendi que diante desta situação, precisava de algum ajuste na medicação para me ajudar a superar. Antes eu era mais resistente, achava que poderia resolver sozinha, esperava a próxima consulta, e aí ficava muito pior.</span></div>
<div align="justify">
<span style="background-color: #e69138; font-family: "arial"; font-size: small;"><br /><span style="background-color: white; color: #cc0000;"></span></span></div>
<div align="justify">
<span style="background-color: #e69138; color: #f6b26b; font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif; font-size: small;"><span style="background-color: white; color: #cc0000;">Ainda preciso de tempo, mas acho que estou no caminho da compreensão do que acontece comi</span><span style="background-color: white; color: #cc0000;">go</span>.</span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: #f9cb9c;"></span><br />Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-61969147057577251742017-02-18T07:16:00.001-08:002017-02-18T07:16:13.820-08:00VazioTodos passam por mim, eu não vejo e não sinto. Tenho um vazio existencial desde sempre, as vezes piora, quando chego a conclusão de que não tenho nada a fazer.<br />
Tenho momentos bons, me sinto bem, mas não consigo agradecer pela minha vida. Eu existo e não vivo.<br />
Achei que tivesse superado o pior da minha infância, mas as coisas voltam mais intensas se não conseguirmos encarar elas.<br />
Estou triste. Briguei com pessoas que amo, não estou conseguindo me esforçar para agradar aqueles que amo. Sei que não devo viver para agradar, mas já que não gosto da minha vida, pelo menos devo fazer bem para quem eu amo.<br />
E nesses momentos tudo é difícil, é um fardo, eu sou um fardo. Eu não consigo me carregar. Eu não gosto de conviver. Eu gosto de coisas simples, mas que não causem grandes modificações na minha rotina.<br />
Consigo identificar que estou em crise, não peço compreensão, mas paciência. Não é fácil para quem convive, mas também não é fácil para mim.Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-61197580234995127332016-12-19T17:29:00.001-08:002016-12-19T17:29:13.119-08:00ALUCINAÇÃO<br />
<br />
(Belchior)<br />
<br />
" A minha alucinação é suportar o dia a dia,<br />
<br />
e o meu delírio é viver experiências reais"<br />
<br />
O verdadeiro fardo de alguém que não consegue viver de maneira estável, que gostaria de viver a vida com um propósito, viver a própria vida, e não a vida dos outros.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-45iqnjMcjN0/WFiJWdb3IyI/AAAAAAAAC80/YXDlsD4lZqYmNODeL-s3SHf_BIp-D4vrwCKgB/s1600/FB_IMG_1479768173214.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-45iqnjMcjN0/WFiJWdb3IyI/AAAAAAAAC80/YXDlsD4lZqYmNODeL-s3SHf_BIp-D4vrwCKgB/s320/FB_IMG_1479768173214.jpg" width="240" /></a></div>
<br />Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-22700972813810640782016-12-19T17:13:00.000-08:002016-12-19T17:13:05.775-08:00Se tem energia, está maníaca; se está sem energia, está deprimida<span style="background-color: #fce5cd;"><br /></span>
<span style="background-color: #fce5cd;">Estive hipomaníaca durante aproximadamente um mês. não posso negar, foi bom. Uma energia interminável, acordando cedo, o que é completamente estranho para mim, fazendo muitas coisas, várias ao mesmo tempo.</span><br />
<span style="background-color: #fce5cd;">Estava há uma semana dormindo quatro ou cinco horas por noite. Hoje sei que isso é um alerta. Percebi que não estava bem em um sábado de manhã que tinha prova do meu curso de Pós. Estudei até três horas da madrugada, acordei às seis e enquanto fazia o café, limpei os vidros da cozinha.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #fce5cd;">Esse foi o primeiro sinal. e fui aproveitando, pensei "se estou sem energia, estou deprimida; se estou com energia, estou maníaca". Resolvi ver o resultado. A terapeuta percebeu e me alertou, achei que fosse cedo, que talvez eu voltasse a dormir. Mas minha cabeça não parava, na mesma velocidade do meu corpo. Não sei como arrumei tanta coisa para fazer. Fiz compras de coisas repetidas, entrei em discussões desnecessárias por motivos fúteis (disso não me arrependo muito, aproveitei o momento e fiz o que estava há tempos com vontade); enfim, teve o lado muito bom, mas as consequências não foram boas. Fiquei agressiva na direção, impulsiva ; e falo demais, o que não combina nada comigo, não me sinto bem. Na outra sessão , a psicóloga sugeriu que eu falasse com a psiquiatra, porque achou que eu piorei, estava mais exaltada. Então escrevi uma mensagem e ela viu que eu estava eufórica e retirou um antidepressivo. Aos poucos, fui acalmando, os pensamentos ainda muito rápidos, mas o corpo começou a cansar. Ainda não durmo o suficiente, e isso é determinante no meu comportamento. Hoje tive consulta e algumas doses foram alteradas, o lítio foi diminuído por estar alto e a quetiapina foi introduzida para melhorar o sono. Não entendo porque não consigo falar tudo, minha dificuldade de confiar nas pessoas. Ela é minha médica há três anos, preciso falar tudo para meu próprio bem. Mas dei um grande passo, escrevi uma mensagem daquilo que ficou engasgado.</span></div>
<span style="background-color: #fce5cd;">Só quero que passe essas festas de final de ano, elas me perturbam, me deixam nervosa. Não é que eu não goste das datas, eu não gosto é do preparo, das expectativas, da ideia de que tudo vai mudar, de ter que ter planos. Essa pergunta hoje me deixou desequilibrada. Eu tenho um plano e só pensei, não consegui verbalizar. No momento ele não é bom. Minha mente está ocupada com muitas coisas do passado e não consigo visualizar um futuro.</span><br />
<span style="background-color: #fce5cd;"><br /></span>
<span style="background-color: #fce5cd;"><br /></span>
<span style="background-color: #fce5cd;"><br /></span>
<span style="background-color: #fce5cd;"><br /></span>
<span style="background-color: #fce5cd;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-c8r6orV6IHA/WFiFgGq6jQI/AAAAAAAAC8k/6Op4oWQhPXQT2I27Mv19Jc33H9d6VlPNwCKgB/s1600/FB_IMG_1479859253893.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="198" src="https://2.bp.blogspot.com/-c8r6orV6IHA/WFiFgGq6jQI/AAAAAAAAC8k/6Op4oWQhPXQT2I27Mv19Jc33H9d6VlPNwCKgB/s320/FB_IMG_1479859253893.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: #fce5cd;"><br /></span>Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-19582452078950795012016-10-28T14:10:00.000-07:002016-10-28T14:10:03.157-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-nJprhkmPvFk/WBO-LYtN2mI/AAAAAAAACdU/TlxnBxWrJfoXhfU2-A4a9cwkGx6OFWyKACKgB/s1600/FB_IMG_1477431748828.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-nJprhkmPvFk/WBO-LYtN2mI/AAAAAAAACdU/TlxnBxWrJfoXhfU2-A4a9cwkGx6OFWyKACKgB/s400/FB_IMG_1477431748828.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
AH TÁ!!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Cada conselho. Melhor ficar calado.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Um abraço ajuda mais.</div>
<br />Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-42182878095610744872016-10-28T14:06:00.001-07:002016-10-28T14:06:41.817-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-2iAFHA73Rxk/WBO8JKwZs2I/AAAAAAAACdE/L4zhq51Y7VM5jzTr04Iy5meALsvlVr2GgCKgB/s1600/FB_IMG_1477485938658.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-2iAFHA73Rxk/WBO8JKwZs2I/AAAAAAAACdE/L4zhq51Y7VM5jzTr04Iy5meALsvlVr2GgCKgB/s1600/FB_IMG_1477485938658.jpg" /></a></div>
<br /><br />
PARA AS PESSOAS QUE NÃO AGREGAM <span style="color: magenta;">NADA</span>. FÚTEIS. <br />
Gatos transmitem uma energia positiva e são verdadeiros, se te procuram, é porque realmente fazem questão da tua companhia. São independentes e nada sociáveis.<br />
Sou verdadeira, não sei ser alguém que não sou. não gosto muito de pessoas. Por isso adoro gatos.<br />
<br />Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-64219499303928974942016-10-14T11:19:00.004-07:002016-10-14T11:25:44.461-07:00100%Perícias e perícias. Não estou mais conseguindo suportar.<br />
Sempre as mesmas perguntas, "há quanto tempo está afastada?", "se sente melhor?", "está depressiva ou eufórica?". Sei que eles devem desempenhar esse papel, mas o fato que é muito cansativo para mim.<br />
Tem dias que me sinto melhor, claro. Acho muito taxativo dizer "hoje estou eufórica", "hoje estou depressiva", não é assim. sei que sou leiga, não sou médica, sei explicar isso, acredito que falta empatia e sensibilidade nesses peritos.<br />
O que acontece é que estou afastada desde agosto do ano passado. Fiquei muito mal, acho que cheguei ao extremo, fui devidamente medicada e amparada e posso afirmar que o processo foi lento e gradual, que eu estava desesperançosa, sem energia e sem acreditar que aquela situação poderia ter volta.<br />
Mas de alguns meses para cá, muito lentamente, estou sentindo melhora, que vem aos poucos, uma vontade de sair, de ler, de arrumar a casa, conversar com a família; voltei a estudar, as coisas estão mais coloridas, antes só enxergava o cinza. Parece pouco e rotineiro, mas é muito importante para mim sentir isso de novo.<br />
Então na última visita aos meus médicos peritos, fui informada que não haverá próxima perícia, pois serei aposentada. De imediato, levei um choque, fui embora e resolvi voltar. Não posso acreditar que uma vida profissional seja vista dessa maneira, "se não está servindo, saia" e de forma brusca, sem dar tempo de assimilar. Tive um chilique, vim para casa e na próxima sei que não vai ter volta.<br />
Mas para minha surpresa, ouvi do psiquiatra do município, que se eu quisesse reverter essa situação, eu deveria levar um laudo da minha médica onde deveria constar a afirmação de que estou melhor, apta 100% para o trabalho. Inacreditável!!! Dessa vez não fui embora. Perguntei quem ali estava 100% para alguma coisa, que isso é impossível. Então disseram que realmente eu estou descontrolada e não posso retornar.<br />
Tudo bem. Tenho uma médica compreensiva e competente, que elaborou um laudo com veracidade e que agora vou ter o prazer de entregar, de forma íntegra e correta, sem passar por cima dos meus valores e de tudo que já conquistei, respeitando a progressão da minha doença e sabendo valorizar a tão esperada melhora e sobretudo sem arriscar o que consegui superar até aqui.<br />
Vou me aposentar? Vou. Não sei o que vou fazer amanhã, depois, ano que vem. O fato é que agora vou fazer o que não conseguia há algum tempo atrás, o que não acreditava. Hoje sei que quero viver, porque reencontrei aquilo que me dá vontade de viver.<br />
Muitas coisas mudaram, até mesmo a forma de pensar sobre alguns assuntos, meu posicionamento, sinto liberdade para escolher o que quero, estou aprendendo a dizer não, e arrisco dizer que até a minha profissão poderá mudar.<br />
Só peço uma coisa: eu nunca quero ser 100%, é muita hipocrisia e falta de bom senso. Nem mesmo nos meus piores momentos eu almejei isso. Somos humanos, temos falhas, pensamos, podemos estar no ambiente de trabalho e lembrar que deixamos o filho doente em casa. Falta humildade , saber renunciar, aceitar que quando não dá mais, temos que mudar. Enfim, 100% . Eu ainda não acredito que ouvi isso.Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-50962110225560681842016-07-31T17:22:00.002-07:002016-07-31T17:22:28.307-07:00Feliz é aquele que não é infeliz" (...) E por essa razão, é muito comum na história do pensamento que se fale em busca da felicidade. Havendo busca, é porque ela ainda não está; permanecendo a busca, é porque ela continua não estando; consagrando-se a busca, é porque, talvez, ela não apareça nunca."<br />
<br /><br />
Clóvis de Barros Filho, "Felicidade ou Morte".<br />
<br /><br />
Após outra crise depressiva, vou tentar organizar as ideias e escrever de novo. Estou me sentindo bem, porque iniciei a leitura de livros, gostaria de começar um, terminar; mas inicio alguns, às vezes não termino nenhum e às vezes termino.<br />
Esse livro que mencionei é dos autores Clóvis de Barros Filho e Leandro Karnal, ilustres escritores , o primeiro voltado a uma visão filosófica da vida como um todo e o segundo com uma base histórica, remetendo ao pensamento filosófico.<br />
Tenho um pouco de dificuldade para ler e entender, resquícios dessas repetitivas depressões. Mas estou satisfeita pela tentativa e apreciando muito esse livro que leva a refletir sobre a felicidade. <br />
Acho que não existe conceito de felicidade, nem procurei no dicionário. Qual o significado da felicidade? O que você faz com a felicidade? Como manter a felicidade? Como alcançar a felicidade? Será que é tão necessário pensar sempre em ser feliz?<br />
Não sei. Só sei que nunca fui infeliz. E então identifico outra palavra que não acho o conceito.<br />
Para mim, isso é muito individual.<br />
Porque não sou e nunca fui infeliz? Para mim, infelicidade é não ter o básico para viver dignamente. não falo em sobreviver, falo em viver. Penso que não passamos por essa vida para sobrevivermos. Queremos viver.<br />
<br />
Dicionário informal. Significado de viver.<br />
Ter vida ou existência, existir. Ter (um ser vivo) um dado habitat. Portar-se, proceder. Durar, conservar-se. (verbo intransitivo)<br />
Alimentar-se de, nutrir-se de. residir, habitar. Ter vida em comum. Experimentar (sentimento, emoção). (verbo transitivo).<br />
<br /><br />
Tenho vida, tenho onde morar, o que comer, o que vestir e com quem dividir minhas experiências.<br />
Eu vivo de forma digna, não sou infeliz. No meu conceito, não sou infeliz.<br />
Todos passam por situações difíceis, conflituosas, tristes, desesperadoras, sofridas, onde achamos que não haverá saída. Isso gera muito sofrimento, consequentemente fico triste, mas não infeliz. E se estou triste, não significa que não sou feliz. Sou feliz conforme a minha visão da felicidade. Sou feliz nos momentos simples, sou feliz quando tenho a liberdade de fazer o que quero e o que preciso, sou feliz com minha família, com meus animais, com meus amigos, mas fico triste. E o que me provoca tristeza só eu posso sentir, porque a tristeza para mim, pode ser completamente diferente para outra pessoa.<br />
<br /><br />
Então, fico feliz por ter a convicção de nunca ter sido infeliz, tomara que eu nunca seja infeliz, e saber que então sou feliz só me traz mais felicidade. <br />
Então cheguei ao meu conceito. Feliz é aquele que não é infeliz.Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-15973968114425365552016-07-13T18:48:00.002-07:002016-07-13T18:48:50.600-07:00"Quando vier a primavera"Quando vier a primavera,<br />
Se eu já estiver morto,<br />
As flores florirão da mesma maneira<br />
E as árvores não serão menos verdes que<br />
na primavera passada.<br />
A realidade não precisa de mim.<br />
<br /><br />
Sinto uma alegria enorme<br />
Ao pensar que a minha morte não tem<br />
importância nenhuma.<br />
Se soubesse que amanhã morria<br />
E a primavera era depois de amanhã,<br />
Morreria contente, porque ela era depois <br />
de amanhã.<br />
S e esse é o seu tempo, quando havia ela<br />
de vir senão no seu tempo?<br />
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;<br />
E gosto porque assim seria, mesmo que<br />
eu não gostasse. Por isso, se morrer agora, morro contente,<br />
Porque tudo é real e tudo está certo.<br />
<br /><br />
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.<br />
Se quiserem podem dançar e cantar à roda dela.<br />
Não tenho preferências para quando já não pude<br />
ter preferências.<br />
O que for, quando for, é que será o que é.<br />
<br /><br />
(Poemas Inconjuntos, heterônimo de Fernando Pessoa)<br />
<br /><br />
<br /><br />
Já plantei uma árvore, já tive filhas, ainda não escrevi um livro, já cuidei da minha mãe até o fim, preservo uma união de 22 anos, sendo totalmente leal e sincera, cuido de vários animais. A realidade não precisa de mim. Eu não preciso de mim. As coisas são como são. Pode chover, nascer, morrer, viver, adoecer, ficar triste, ficar feliz, tudo está no seu tempo. Tudo. <br />
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo. Tudo é real, mas não há como ter a certeza de tudo.<br />
Mas se eu morrer agora, estarei contente. As coisas foram como teriam que ser. Não há como mudar a finitude de tudo. É assim e é assim. <br />
E as preferências já não existem mais, ou nunca foram preferências nem escolhas. Foram o que estava ali.<br />
O que for, quando for, é que será o que é.<br />
E eu quero ter a consciência e a plenitude de saber quando for. De expor minhas vontades e que as pessoas não tenham preferências, mas que eu tenha escolhas e cabe a mim decidir. Porque cada um sente da sua maneira como ir e vir, quando ir e vir. Por favor, ninguém faça isso por mim.Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-46620699473962250522016-07-06T18:54:00.001-07:002016-07-06T18:54:59.281-07:00Tive um luto mal elaborado. Cheguei a essa conclusão há alguns meses. E isso com certeza colaborou para a intensificação dos meus sintomas da bipolaridade.<br />
Minha mãe teve o diagnóstico da doença em novembro de 2010. Ela tinha câncer de endométrio. Fez cirurgia, quimioterapia, radioterapia, braquiterapia; passou por várias intervenções, várias internações, entre uma sessão e outra. Ela ficava muito debilitada. Em nenhum momento, até então, eu pensava que ela iria morrer. Acreditei fielmente na sua cura e no seu restabelecimento, podendo voltar a viver com algumas limitações, pois a doença a deixou muito fragilizada, mas voltando a viver.<br />
Em dezembro de 2011, foi concluído esse tratamento. Mas ela sentiu fortes dores abdominais, teve que fazer novos exames e então foram constatados três tumores no fígado, sem condições de operação. Voltamos ao hospital, ela foi internada para iniciar um novo ciclo de quimioterapia. Nesse momento, comecei a duvidar. Falei para o médico que ela não aguentaria. Ele disse para persistir e acreditar. Não acompanhei a primeira sessão, ela estava internada, passei todos os dias com ela, mas esse dia eu sabia que as coisas não iriam dar certo.<br />
Ela passou quatro meses internada antes da sua morte, ocorrida em julho de 2012. Fizemos todo o possível para que ela ficasse confortável e sem dor. Ela teve AVC, convulsão, ficou demente nos últimos dois meses, foi tudo muito sofrido. No último mês eu entendi que minha mãe ia morrer. Eu percebi pelas atitudes das enfermeiras, pelo estado dela que só piorava, pela falta de opções, eu não quis que deslocassem ela para outro hospital para fazerem um exame e ver se tinha câncer no cérebro. Eu entendi que isso não faria diferença, o tratamento seria o mesmo e eu não queria que minha mãe cumprisse um protocolo, um item a mais na sua lista de enfermidades. Não fazia diferença. Acho que a partir desse dia eu comecei a enterrar a minha mãe, eu vi que não tinha mais mãe, ela não falava, só ficava medicada com morfina, mal abria os olhos, ela já não vivia.<br />
Uma semana antes de seu falecimento, a médica veio falar comigo. A mãe ainda tinha muita dor, apesar da morfina. Então a médica sugeriu que o aparelho ficasse ligado todo o tempo, com a dose máxima de morfina e me alertou que a mãe não iria mais acordar, podendo permanecer assim até dez dias. Tomei a decisão sozinha, não falei para ninguém, só expliquei depois. Nesse dia perdi minha mãe. Fiquei órfã. Não a vi mais. Só toquei e falei poucas palavras. O essencial falei enquanto ela ainda estava consciente. Ela ficou sete dias assim. Já estava tudo providenciado, velório, enterro, capela. Esse foi meu primeiro grande erro. Não deveria ter ido junto providenciar essas questões, minha mãe ainda respirava e compramos seu caixão.<br />
Após toda a cerimônia, cheguei em casa, tomei um banho e fui lavar roupa, arrumar coisas, estava tudo jogado. Lavei inclusive a coberta que ela usava no hospital, não queria mais sentir aquele cheiro.<br />
No domingo, fizemos um almoço com meu pai, minha sobrinha, eu me sentia com muita energia e não parava. Na segunda viajei com meu pai para o interior. Na terça providenciei minha licença de sete dias devido a perda da mãe. No resto da semana limpei guarda roupas, armários, levei e busquei as meninas no colégio, fui ao mercado, não parei. No sábado, dia quatro de agosto, foi a missa de sétimo dia, não chorei, não voltei para casa, fui no shopping. Fiz muitas compras, fiquei muito tempo andando, voltei detardinha para casa. No domingo planejei aulas e na segunda retornei para sala de aula.<br />
Meu Deus!!!! Tudo errado. As pessoas querem ajudar, mas ajudariam muito mais com solidariedade. Ninguém é obrigado a saber como lidar com enlutados, mas eu aprendi o que não fazer e dizer para pessoas de luto.<br />
Primeiro, temos que nos permitir viver o luto, seja chorando, dormindo, conversando, saindo, mas não negando.<br />
"Sua mãe estava muito doente, acabou o sofrimento"; "É a lei da vida, os pais morrem antes", "Ela está bem", "Você tem que seguir sua vida", "Temos coisas para fazer", "Tu tens uma família linda e filhas que precisam de ti". Não costumo escrever assim, mas "Vão à merda!!!!" <br />
Era minha mãe, ninguém quer que a mãe morra, por mais que esteja sofrendo, porque, sim, somos egoístas. É a lei da vida??? quem disse? Você é Deus para dizer quem vai primeiro?? Que lei é essa?<br />
Ela está bem. Essa é a pior de ouvir. Como assim?? Tu já foi e voltou?? Não esquecendo que o enlutado, na maioria das vezes, está descrente e sem falar que nesses momentos não se coloca a religião como justificativa. Seguir a vida? agora? Eu quero conversar, se eu falar sobre a morte e a doença, basta ao amigo ouvir, deixar colocar para fora, e quem sabe, um abraço. Só. Sem tentar "consolar", com crenças pessoais e palavras decoradas. Sim, tenho uma família maravilhosa, mas essa hora é minha, sou eu quem preciso de cuidados, sou eu que preciso chorar no momento e na hora que eu precisar, e não ficar escondendo da minha família.<br />
Enfim, consegui identificar várias situações prejudiciais, que eu não me permiti expressar no momento certo, mas que hoje consigo externalizar e me fez muito bem.<br />
Minha mãe sabe e sempre soube da imensidão do meu amor por ela, do quanto lutei com ela, do quanto a admiro e que tudo isso não passou de uma negação, por ter perdido o amor mais nobre da minha vida, a pessoa que me conduziu ao bom caminho, firme na educação, emotiva, mas sem muita demonstração de carinho, esse era visto na sua bondade e no seu coração. Movida pela fé, cumpriu com êxito sua jornada. Sou humilde o suficiente para afirmar que não sei onde ela está, ao mesmo tempo, sei que ela está ao meu lado, pois sinto sua presença e seu olhar.<br />
Mães deveriam ser eternas. Pais também. Todas as pessoas que amamos deveriam ser. Não queremos perder ninguém. Não adianta dizer que é a maior certeza da vida. Não estamos preparados, cada pessoa reage de uma forma, mesmo se a morte for prevista. Eu entendo a morte da minha mãe, mas não aceito. Seria mais fácil, mas meu coração enrijece cada vez que penso: "tudo bem, era a hora dela". <br />
Dia 28 de julho completa quatro anos de sua partida. Agora que estou entendendo um pouco melhor o que aconteceu. A dor amenizou. A saudade aumenta a cada dia. "O tempo é o melhor remédio". Acho que não, o tempo não apaga nada, ele suaviza. E só. Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-70309702122109288262016-06-21T16:04:00.001-07:002016-06-21T16:04:05.933-07:00Vergonha alheiaSó tenho uma irmã, diagnosticada com bipolaridade também. Ela é oito anos mais velha que eu, não vivemos muito tempo juntas, ela casou com 18 anos e eu tinha 11 anos e fiquei morando com meus pais. Tenho afeto por ela, vivemos coisas lindas juntas, mas não consigo mais conviver com ela. Cada evento que vamos juntas, fico com mais raiva dela e com menos vontade de estar com ela.<br />
Minha irmã me dá vergonha alheia. Ela deveria se tratar, é uma boa pessoa, do bem, mas quando ela excede na bebida, fica insuportável. Sábado foi aniversário da minha filha, uma noite para comemorarmos os 22 anos de uma menina linda. E ela encheu a cara, literalmente. Teve um comportamento sexual ousado, faltou o respeito com meu genro, falou alto com os garçons, queria dar comida na boca dos convidados, enfim; passei o domingo de cama, não sei lidar com isso.<br />
Queria tanto ter uma irmã para conversar, ser minha confidente, compartilhar vivências, me apoiar, sair comigo. Não temos mais mãe, poderíamos estar mais unidas e nos ajudando. Até no velório da mãe ela se comportou mal. Ficamos sem nos falar por um bom tempo depois. Ela não ajudou nos cuidados com a mãe. Ela só perturbou.<br />
Então eu pergunto: é influência do ambiente? é genético?<br />
Acho que é uma junção, mas eu queria uma explicação médica que também soubesse avaliar a personalidade, o comportamento, porque eu não consigo conceber que minha irmã fica tão mal assim só pela bipolaridade.<br />
Ela me faz mal, ela me adoece, ela acaba com minhas festas. Ela é minha irmã e tenho que abrir mão dela. Ela é minha vergonha. Ela é uma vergonha alheia.Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-44060247025946729172016-06-21T15:47:00.002-07:002016-06-21T15:47:24.905-07:00Queria ouvir só coisas boasImpressionante que o tempo vai passando e minha bipolaridade se confirmando.<br />
No post anterior estava ansiosa pela consulta e comentei que tomaria a medicação necessária para a recuperação, sem hesitar.<br />
Muito pacientemente a doutora me falou sobre a nova medicação que queria prescrever, eu pensei muito e pedi para ela para esperarmos para a próxima consulta e avaliar a necessidade.<br />
Já me arrependi. Ela classificou o meu quadro como depressivo e eu sinto que a cada dia os sintomas se agravam. Mas estou tentando não ficar parada e ceder ao sono. Vou fazer o possível para, pelo menos, não piorar até a próxima consulta. <br />
É a tristeza, o choro sem motivo, o sono em demasia, a falta de expectativa, a baixa autoestima e principalmente, a falta de energia.<br />
Sei que isso se deve a um desequilíbrio a nível psiquiátrico, que a doutora está fazendo o possível para acertar a medicação, assim como também estou fazendo minha parte.<br />
Mas as palavras tem o poder de ferir ou curar. Sempre dei muita importância as palavras. Também para as atitudes. Mas as palavras me tocam mais. Elas ficam "latejando" na minha cabeça, vem e voltam, penetram lá no meu interior e podem fazer bem ou mal.<br />
Quando uma pessoa está de luto, depressiva, perdeu emprego, se divorciou, enfim; acontecimentos tristes e marcantes, o que ela precisa são palavras ou gestos singelos, breves ou um abraço no silêncio.<br />
Estou sangrando por dentro. Mas não é o sangue que corre nas veias. É o sangue do machucado, da ferida que está aberta e não cicatriza. Talvez o tempo vai cicatrizar, mas não gosto muito dessas lamentações que dizem que o tempo cura tudo. Acho que não. O tempo ameniza, mas a cura tem que vir de dentro.<br />
<br />Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-36761433989096590052016-06-13T14:28:00.003-07:002017-06-09T15:45:16.698-07:00Altos e BaixosHoje meu pai veio me visitar, colocando abaixo todo pessimismo que tive em relação a sua cirurgia e a sua recuperação.<br />
Ele está muito bem, disposto e enérgico.<br />
Ele sempre foi assim. A cirurgia não mudou seu ânimo.<br />
E eu? Quando fui assim? Quais os momentos, as fases, que me senti assim? <br />
Todos os dias tento recordar, e percebo que sempre tive altos e baixos. Bem acentuados. Bem altos e bem baixos. <br />
Quero alcançar o equilíbrio, está difícil. São muitas oscilações durante a semana, os dias.<br />
Costumo ir nas consultas assiduamente, são prescritas as receitas e eu falo o necessário.<br />
Mas dessa vez estou mais ansiosa, foi um mês muito turbulento, estou apostando na decisão da médica para que eu possa melhorar. Não tenho mais receio de medicação, não fico mais pensando duas semanas antes de iniciar o tratamento. Penso que preciso tomar e pronto. Não quero mais ficar ruim como no ano passado. Os efeitos colaterais das medicações nem se comparam ao sofrimento ocasionado por uma depressão severa.<br />
Dessa vez estou identificando os sintomas e quero que eles diminuam e não se apossem de mim, me deixando paralisada.<br />
Quero ter planos, um rumo, desfrutar de bons momentos. Por enquanto escolhi viver, então que seja de forma prazerosa.<br />
<br />Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-59542975925928145602016-06-04T08:29:00.001-07:002016-06-21T15:48:44.957-07:00Quero minha fé de voltaPrimeiro quero registrar que não me oponho a qualquer tipo de religião, respeito a todas e como ouvi recentemente de uma senhora: "Deus está em todos os lugares".<br />
Depois de muita insistência da minha filha, por várias semanas, meses, resolvi aceitar o convite e ir no culto com ela. Dessa vez fui de imediato, sem pensar em uma desculpa para eu mesma.<br />
Preciso confessar que eu era uma pessoa que tinha fé, esperança, nunca deixei de acreditar em Deus, mas fiquei completamente decepcionada quando minha mãe morreu, eu sequer imaginava que isso podia acontecer, eu acreditava na sua recuperação, na cura da sua doença e me senti traída. Pode ser um pensamento primitivo, mas é difícil de elaborar e explicar , é espontâneo, não consigo acreditar que confiando em Deus tudo vai dar certo, acho que é só uma forma das pessoas sofrerem menos, porque o que está escrito acontecerá e pronto.<br />
Mas fui ao culto também com a ideia de elaborar melhor isso, quero ficar menos pesarosa, quero dividir com Deus meus problemas e resgatar minha fé.<br />
Então fui com o coração aberto. O pastor fez três leituras, confesso que às vezes, dependendo do título, nem presto atenção, mas esse me despertou curiosidade: "Jesus ressuscita o filho de uma viúva". Lucas 7:11-17.<br />
Pensei: "quanta tragédia"! dor imensurável. Toda perda é trágica, mas essa mulher ficará sozinha, desamparada em uma época que mulheres não trabalhavam, dependiam exclusivamente de seus maridos e ainda perdeu o único filho. Fiquei abalada. Mas eis que Jesus, acompanhando o cortejo, chegou diante do caixão e fez o corpo do jovem ressuscitar. A mulher ficou envolvida por uma alegria imensa, sua vida mudou repentinamente para melhor e ela pode ter de volta a esperança...Jesus trouxe de volta a vida do filho e a vida da mãe.<br />
Achei fascinante o fato de Jesus ressuscitar o jovem, mas fiquei muito mais emocionada por ele ter trazido de volta a esperança de uma pessoa. Viver com desesperança é uma dor muito grande, não há horizontes, não tem planos, não há visão de projetar um futuro, não se vê um futuro; enfim, não existem motivos para viver, E isso é muito triste.<br />
É exatamente isso que quero de volta. Identifiquei um dos maiores motivos da minha dificuldade de conseguir viver melhor. Quero reencontrar a esperança, quero saber o que fazer aqui . Iniciei com a terapia, consequentemente parei na psiquiatria, sempre tive o apoio da família, e agora quero resgatar a religiosidade.<br />
Pronto. É a união de tudo isso que acho que vai me trazer de volta. O autoconhecimento, a parte química equilibrada, o amor, que nunca faltou e a esperança que vai ser reconquistada.<br />
Obrigada, minha filha, por não desistir de mim. Obrigada, meu marido, por estar sempre ao meu lado.Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5725514148704361532.post-21402487176556637312016-06-01T18:24:00.002-07:002016-06-01T18:24:52.604-07:00Para que diário?<br />
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" Se não quer ser esquecido quando morrer, deve escrever algo que valha a pena ler ou fazer alguma coisa sobre a qual vale a pena escrever."<br />
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Benjamin Franklin<br />
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Costumo colocar as citações no final, mas essa não é uma conclusão, é o início de uma reflexão.<br />
Acho que não fiz algo que valha a pena escrever. Foi tudo simples e corriqueiro. Nenhum ato heroico, descoberta, ação benevolente. Talvez ter estado em uma sala de aula durante dez anos tenha sido uma ação caridosa com os alunos.<br />
Tive uma infância tranquila, adorava estudar, poucos amigos, sempre mais sozinha.<br />
Minha adolescência foi breve, algumas festas, reuniões na casa de amigos, poucos amigos.<br />
Fui mãe aos dezenove anos, muitas dificuldades como no início de qualquer relação, ainda mais se tratando de dois jovens inexperientes.<br />
Depois tive outra menina, uma situação mais confortável, retornei os estudos e me graduei em 2006.<br />
Assumi o primeiro concurso que fiz, talvez me arrependa por isso, pois não tentei outras coisas. <br />
Enquanto atuei como professora fui dedicada e comprometida. A sala de aula é um laboratório, aprendi muito com as crianças, elas tem muitas riquezas para nos apresentar.<br />
Então estou em licença e me questiono o que quero fazer. <br />
Devo tentar a sala de aula de novo? Trabalho em escola? Mudo de profissão?<br />
Independente da escolha, acho que não vou fazer alguma coisa sobre a qual vale a pena escrever.<br />
Não tenho muitas expectativas, não vislumbro um horizonte promissor. <br />
Acomodada? com medo? Incompreendida? Revoltada? Sinto tudo isso.<br />
Mas sinto muito por ter acabado com meus diários que datavam desde 1984. Talvez neles pudesse achar algo interessante, que eu tivesse esquecido. Não escrevo em diário desde o ano passado. Foram 31 anos de escrita, diariamente. Não quero mais escrever o que se passa, pensar sobre isso e ainda deixar registrado. Resolvi jogar tudo fora. Acho que aos poucos, estou acabando com a minha tediosa história.<br />
<br />Humor na Montanha Russahttp://www.blogger.com/profile/05195110825367472346noreply@blogger.com0