Minhas crises tem sido mais espaçadas, porém mais intensas. Ainda não entendo muito bem o que acontece, e fico pensando na dificuldade das pessoas que convivem comigo tem para compreender.
Estas últimas semanas, o que predominou foi intolerância, seguida de muita raiva. Sim, raiva. Não das outras pessoas, mas de mim mesma, por não saber lidar com essa explosão de sentimentos, com a imprevisibilidade, com a angústia, com a ansiedade. Já estava irritada há dias e depois de uma discussão, estourei. Precisei ficar trancada sozinha, não queria ver e nem ouvir ninguém. Precisava de tempo. queria acabar com tudo. A dor é muito forte. A dor emocional é muito maior que a física, e eu já tive dois partos. Queima por dentro, vem os pensamentos impulsivos, negativos, a dúvida, os questionamentos, a cabeça não para, tudo se mistura e você fica sem respostas. Então bate o desespero, a desesperança e a vontade de sumir do nada.
Diante disso, ouvi coisas que nunca esperava, mas me colocando no lugar , acho também que seria muito difícil se tivesse que entender algo tão subjetivo.
Penso que o paciente deve perseverar na terapia, mas os familiares também deveriam fazer, eles precisam entender melhor o que se passa para nos ajudar, assim como também devem ter muitas coisas para tratar, como todo ser humano.
Ainda fico pensando o que pode desencadear as crises, dessa vez sei que foi a diminuição do lítio, feito por conta própria, seguida de assunto tratado na terapia, muito difícil para mim.
Precisei recorrer a minha psiquiatra, pois entendi que diante desta situação, precisava de algum ajuste na medicação para me ajudar a superar. Antes eu era mais resistente, achava que poderia resolver sozinha, esperava a próxima consulta, e aí ficava muito pior.
Ainda preciso de tempo, mas acho que estou no caminho da compreensão do que acontece comigo.
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